Professores da rede publica decidem manter greve no DF
05/06/2025
(Foto: Reprodução) Paralisação começou na segunda-feira (2). 242 escolas aderiram à paralisação integral, segundo secretaria de educação. Professores participam de assembleia no quarto dia de greve no DF.
Carinne Souza/g1
Professores da rede publica decidem manter a greve no Distrito Federal. Os profissionais da educação se reuniram com a representantes da Casa Civil e da Secretaria de Educação, nesta quinta-feira (5), mas não houve acordo.
A greve da categoria começou na segunda-feira (2) e mais de 240 escolas públicas aderiram ao movimento de forma integral.
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A reunião era vista como um passo inicial do governo do Distrito Federal para negociar com a categoria, que reivindica reajuste salarial e reestruturação da carreira (veja mais abaixo). O encontro desta quinta ocorreu após o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) solicitar à Câmara Legislativa e ao Tribunal de Justiça uma intermediação junto ao GDF.
Na quarta-feira (4), os servidores que aderiram à greve também se reuniram com parlamentares e com o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Waldir Leôncio Júnior, solicitando que os órgãos atuassem para estabelecer o espaço de negociação com GDF através de uma mesa de conciliação.
Os trabalhadores, que vinham pontuando o desinteresse do governador Ibaneis Rocha em negociar com a classe, se reuniram com membros do governo nesta quinta. O encontro ocorreu os servidores se reuniam no estacionamento da Funarte em uma Assembleia para definir os rumos da greve.
Sinpro acionou STF contra decisão de desembargadora
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (4) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que declarou a greve como "abusiva".
A decisão da desembargadora Lucimeire Maria da Silva impôs ainda multa diária de R$ 1 milhão ao sindicado. "A medida extrema, tomada a pedido do Governo do Distrito Federal, atinge diretamente o exercício do direito constitucional à greve", afirma o Sinpro sobre a decisão.
O Sinpro pede ao STF que a decisão da desembargadora seja suspensa e solicita ainda que a Suprema Corte "reconheça o descumprimento reiterado do GDF como causa direta da paralisação e afaste quaisquer sanções impostas ao movimento grevista".
Greve já dura quatro dias
A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal começou na segunda-feira (2) e possui adesão parcial das escolas, de acordo com a Secretaria de Educação. Segundo a pasta, 242 das 713 escolas aderiram integralmente ao movimento.
Conforme o governo, 66% das unidades funcionaram parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais paralisados.
Ao g1, diretor do Sinpro, Samuel Fernandes, disse que paralisação "só irá terminar por uma decisão em assembleia da categoria".
"O governo, que não investe na educação e não valoriza os professores, criminaliza a greve que é um direito constitucional", diz o diretor.
Greve dos professores da rede pública começa nesta segunda
Professores pedem reestruturação da carreira e aumento salarial
Entre as reivindicações dos professores está a reestruturação da carreira, com o objetivo de aumentar o salário base da categoria. Segundo o Sinpro-DF, a proposta é dobrar o vencimento-base.
Os profissionais também pedem:
A possibilidade de professores contratados temporariamente, quando efetivados, utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões (etapas a serem cumpridas para obter aumento salarial);
Ampliação do percentual de aumento a cada mudança do padrão;
Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial.
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